quarta-feira, junho 14, 2006

Os Girassois de Londres

Entre tanta gente,
caras gordas e compridas,
cabelos ponteagudos,
lencos cor-de-longe e humores variados,
reconhecer um dos meus passou a ser coisa facil.

Demorou um tempo para entender o que era tao familiar,
o que brilhava e denunciava quem era brasileiro.
Cada um dos conhecidos desconhecidos
(tenho certeza!)
roubou um jeito de olhar do Eduardo,
ou copia (sem embarasso) o modo como o Rovani mexe as maos ao falar.
Alguns ainda mexem a sobrancelha igualzinho ao Jardel e
tentam fazer massa como a Veri (ao mesmo tempo!).

O pior sao aqueles que mal chegaram e, quando se vao,
nao sabem se despedir.
Despedem-se mal e ficam sonhando que ainda nao partiram
e que ainda ganham abracos dos amigos mais queridos,
e que tomam chimarrao com o avo antes da novela das sete.

Os girassois que vendem na estacoes de trem sao lindos,
mas nao sao daqui.


(Nao estou reclamando, so com saudade)

Comments:
Que texto bonito, Carol!!!!

Volta que quero te dar um abraço.
 
É, volta Carol!

Boa idéia, Veri!

Hehehe!!

Greetings.
 
Não esqueçam de ler a continuação das discussões dos outros textos.

Carol, que dia tu volta? Vamos fazer uma contagem regressiva. E tu Eduardo?

Beijos
 
Caro-ooll...
aqui tem muitos girassóis...

Edua-ardooo...
aqui tem futebol...

Mas vocês têm que voltar.
Abraços.
 
se tudo sair como planejei (eu e o Pink querendo dominar o mundo), volto pro Natal.

Beijos!!!!!!!
 
Eduardo, é impressão minha ou os australianos herdaram a arrogância dos ingleses? Eles são mesmo arrogantes, Carol?

Vi umas matérias na tv e eles realmente achavam possível ganhar do Brasil... Em uma delas:
repórter: como vocês acham que vai ser jogar contra o favorito?
australiano (sem esboçar nenhum sorriso, muito antipático): quem disse que o Brasil é favorito?

Bueno, foi difícil mas ganhamos. Esse comentários deveria ter sido feito no uotários na copa?

Beijo
 
Minha resposta à pergunta da Tiara (nossos avós sofriam de depressão?), feita no texto anterior:

Tenho certeza que sofriam, talvez não nessa proporção, que é assustadora e, para mim, é um reflexo da modernidade, mas sofriam sim. Mas acho que encaravam isso de forma diferente. Não estou querendo comparar tristeza com a doença depressão, mas antigamente se via a tristeza com mais tranqüilidade, como algo que faz parte da vida.
Hoje, parece que temos a obrigação de sempre estarmos felizes. E parece que qualquer tristeza é depressão.

O mundo de hoje (para não usar a palavra Sistema) nos obriga a estar sempre bem. É a filosofia do carpe diem: esqueçam o resto, esqueçam o mundo, o que importa é o eu e o agora. O problema é que nem sempre todos conseguem isso e aí se cria um sentimento de culpa e de não adaptação. Hi! Acho que teorizei demais! São apenas suposições, sugestões para se pensar...

A Carol que é a psicóloga aqui.

Beijos e saudades
 
Eduardo, eu disse que iria responder nesse texto à pergunta que fizeste sobre ambição e lucro. O problema não é o lucro ou a ambição isolados, mas quando eles se sobrepõem a outras coisas, às pessoas. Só isso.

O Chomsky tem um livro chamado "O Lucro ou as Pessoas". Recomendo.

Falando em livro, ainda não comecei a ler o "Manual do perfeito idiota...". Tenho medo de começar e não deixar mais os uotários em paz de tanto comentário.

Beijos
 
Tiara
É isso, concordo com tudo o que tu disseste.

Especialmente: "Falta a existência por um ideal não egoísta e que não suscite culpas. Certa dose de sacrifício é importante para que exista a profundidade, a completude das coisas. Liberdade, quando não se sabe o que fazer com ela, pode ser muito angustiante."

Beijo
 
Ai, é tanta coisa...

Vou esperar pelo artigo da Tiara em relação aos antidepressivos... Fiquei curiosa.

Vender placebos para, pensando positivamente, arrecadar recursos para desenvolver medicamentos realmente eficazes... Acho isso um pouco utópico e acho que não concordo.


Nessa história de pensamento fluido ou volátil não vou me meter. Muita loucura para minha cabeça. Hehehe...

Beijos
 
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