segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Despedida

Naquele domingo à noite, sentiu-se triste. Melancolia de quem antevê a perda que irá lamentar em breve. Há, de fato, o que lamentar. Nunca, ou quase nunca, dissera o que sentia ao encontrar-se entre amigos, velhos e recém-chegados. Temia uma má interpretação do sentimentalismo que brotaria de suas palavras enfadonhas. Temia, sobretudo, a reação de seus queridos interlocutores: do previsível sorriso enternecido e já nostálgico ao silêncio que perpetuaria a sensação de impotência frente ao destino, à própria vida.

E assim é. Naquele domingo, após uma grande noite em que a amizade enchia os corações e os rostos, a certeza da separação mostrou-se, cândida e paciente. Pois, se o imprevisível exibe-se à frente de quem vai, a descoberta do novo compensa-lhe, ao menos. Resta apenas partir e ficar, e esperar o reencontro - para o qual estarão, talvez, mais sábios e mais amigos. E despedidas sempre são complicadas...

Comments:
"Adiós muchachos,
compañeros de mi vida,
barra querida
de aquellos tiempos".

É um tango isso...

Hehehehe...

Saludos.
 
Que surpresa.. que bonito...

E nessas horas eu só sei copiar os outros...

"Navio que partes para longe,
Por que é que, ao contrário dos outros,
Não fico, depois que desapareces, com saudades de ti?
Porque quando te não vejo, deixaste de existir,
E se se tem saudade do que não existe,
Sinto-a em relação a cousa nenhuma;
Não é do navio, é de nós, que sentimos saudade."


E tem mais:

"Eu acho que não vale a pena ter
Ido ao Oriente e visto a Índia e a China.
A terra é semelhante e pequenina
E há só uma maneira de viver."


E essa única maneira que há de se viver eu acho que a gente sabe um pouco como é.. Vou porque quero passar além do Bojador , quero ver o céu espelhado nos mares de outras praias... Mas sei que melhores amizades que aqui tenho, não será lá que vou encontrar.. e nem em lugar nenhum.

Eu adoro vocês!
E ando tristonha mesmo.
E, Dani, nunca falei demais sobre nada mesmo. E acho que não gosto disso, queria ser mais como o Jardel.

Beijos e até!
 
e, sim, são poemas do Pessoa.
 
Mas nós não vam...

Ah. Eu, o inconveniente...

Sinceramente: que merda isso. Com o perdão da má palavra.

Vou estar na praia. Quem quiser aparecer, please. Tem lugar.

Tchau.
 
Claro... que sim! Te levo o presente na terça.

Abraço.
 
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