terça-feira, dezembro 06, 2005

O esporte é dramático?

"Que coisa idiota, ficar se preocupando com futebol desse jeito".

Isso foi o que eu ouvi uma mulher dizer, lá na Unisinos. Ela tinha uma ZH na mão, e devia estar lendo aquela reportagem sobre os colorados que recepcionaram o Inter no aeroporto, no último domingo, como se no outro dia não fosse uma segunda-feira normal de trabalho e, ora bolas, a vida continuava e o Inter, dizia ela," nem campeão mesmo era".

E eu admito: o pior é que nem o futebol - nem qualquer outro esporte - é capaz de proporcionar um mínimo quesito de estabilidade àquela parte chata, séria e necessária da vida de todo mundo. Campeão ou rebaixado, no outro dia a vida é a mesma. Mas o problema é que, para muitos de nós, não tem como viver sem as emoções que o esporte traz. Ele é a maior metáfora de todas as metáforas, ele traduz a paixão, a glória da vitória, a elevação honrosa ou a ira da derrota, tudo isso sem ter que se prostar de verdade. Na frente da TV, com salgadinhos e refrigerante, o podre e o lindo da vida. Ele carrega consigo dores morais das mais respeitáveis, ele dói mesmo na alma em um domingo e a conforta no outro: é um resumo de todas as oscilações do ânimo humano, só que a despeito da gravidade dos sentimentos que traz, não define a vida de ninguém. Ou define. Sei lá...

Quando ouvi essa mulher dizendo isso, me lembrei do Normal Mailer, que escreveu o ótimo A Luta, dizendo que o Foreman tinha olhos "negros como a morte", ou algo assim, como se isso fosse minha resposta inconsciente, e um contraste de gravidade à opinião debochada da minha colega. É que sei que isso é um coisa muito séria, muito significativa: quem leu o livro e presenciou pela leitura a vitória de Ali, "the greatest of all", sobre esse homem, dono desse olhar realmente terrível, esse afortunado enxerga muito bem o caráter transcendental daquele confronto: uma luta mortal, mas sem armas ou munições que barbarizam as coisas e acabam destruindo tudo que está ao redor. Um homem contra o outro - a medida das medidas. Sem seqüelas, sem tristezas duradouras, mas com todo o sentimento possível. Uma profunda superficialidade.

Acho que a mulher estava errada. E vocês, hein?

Comments:
Além da questão de ela estar certa ou errada, fico pensando por que diabos ela se preocupou com o que os outros estavam se preocupando.

Por que todos aqueles não se preocupavam com ela em vez de se preocuparem com uma "idiotice" como o futebol??!! hehehehe.. que maldade a minha...

O que será motivo de preocupação para ela? De verdade. O que a deixa bem, a deixa mal.. com certeza não é o futebol, mas deve ser alguma coisa tão boba para mim, quanto é o futebol para ela.

Cada um com seus problemas.. que são os maiores do mundo se são meus.

Acabei a monografia!!!!!!!!!!!

Eeeeeeeeeeeeeeee!!!!

Beijooooooooooos!!!
 
e eu não acho bobo sofrer ou morrer de alegria com o esporte. Dani, boa essa de "metáfora da vida".

Mais um beijo!
 
Eu também, Carol. Eu também terminei a minha. Fui pra banca sábado passado. Foi legal, até!

É, sempre tem algo pessoal, nosso, intransferível e inalienável em tudo que fazemos ou pensamos. Sempre. Né?

Abraços e beijos.
 
Costumo dizer que o futebol - ou qualquer outra atividade digna de devoção e amor - é o que realmente vale à pena.

Nossas vidas modernas são permeadas de preocupações objetivas em relação à sobrevivência. Como então dar graça às coisas, à própria vida. Eu, particularmente, elegi o futebol como uma das raras alegrias deliberadas da minha vida.

Abrações a vocês.
 
Eu sou plenamente a favor! E falo mal do inter, sim...

Abraços.
 
eu também. onde?
 
Bueno, eu voto Mulligan - o mais conservador possível. Mas pode ser em outro lugar da preferência de vocês, desde que me providenciem uma carona, por favor...
 
Meu voto se baseia na tentativa de estabelecer uma curta tradição de alguns meses, já que confraria sem membros não é nada.

Abraços.
 
Bah, legal. Mas no Mulligan de novo? Se toparem, eu estou "home alone"... Hehehe!!! Aqui eu acho legal.

Les saludo a todos.
 
Pois é, a minha justificativa para o Mulligan está expressa acima. Acho o local ideal pra infinitas ocasiões, especialmente o encontro dos uotários. Além do mais, eu realmente não tenho como voltar muito tarde - tenho prova final no italiano amanhã bem cedo. Vejam o que fazer e me digam. E prometo não ser chato. Believe.
 
Pois é, a minha justificativa para o Mulligan está expressa acima. Acho o local ideal pra infinitas ocasiões, especialmente o encontro dos uotários. Além do mais, eu realmente não tenho como voltar muito tarde - tenho prova final no italiano amanhã bem cedo. Vejam o que fazer e me digam. E prometo não ser chato. Believe.
 
Bah, o Jardel quer mesmo ir no Mulligan... Hehehehe!!
 
Não, não... Vejam bem, é só uma sugestão. E a parte da prova final é verdade verdadeira. Tanto que ia pedir que nos encontremos, se possível, um pouco mais cedo que da última vez.

Decidam-se! Abraço.
 
Relatório do encontro dos uotários:

- Dani emocionado com batatas gigantes;
- Carol feliz com cerveja rosa;
- Eduardo e Dani comemoram primeira vitória na sinuca;
- Dardos: muitas categorias: duas chances, de costas, dois lançadores ao mesmo tempo, maiores distâncias... Acho que o Juliano foi o campeão, né?
- Juliano e Dani comemoram a vitória na segunda partida de sinuca.
- Algo me diz que só eu não ganhei essa porcaria!
- Jogo da associação livre: Destaque para associações do Juliano, sempre pertinentes.

Beijos!!!
 
obrigada, obrigada...

seguinte: daqui a pouco vai ter o milésimo acesso depois de termos instalado o contador oficial e gratuito nesse blog. (ihiihih), se alguém ainda nãopercebeu, tá ali do ladinho.
Acho que provavelmente um e nós vai ser a pessoa a acessar pela milésima vez, já que a gente escreve, publica, lê, comenta. É realmente um blog "auto-sustentado"..
ok ok ok ok...

mas e se não formos nós os contemplados? a gente podia oferecer um prêmio para o visitante número 1000!

O que acham?

Estou realmente muito ocupada depois de ter entregue a monografia.. como podem notar.

Beijos!
 
e Eduardo, quero fotos!!!!!!!!!
 
Tb quero fotos, Mr. Eduardo.

Aliás, vejam só... O Eduardo vai assistir Brasil x Austrália, lá. Me pergunto para quem este rapaz vai torcer...

E pelos meus cálculos, poderíamos fazer ao menos mais três ou quatro encontros dos uotários antes da debandada quase geral dos integrantes dessa amável confraria. É só combinar, não?

Grandes abraços.
P.S.: sim, Carol, venci as partidas de dados, mas quase não dormi por ter posto fora a primeira partida no snooker...
 
E não são dados aquilo. Dardos, claro.
 
Última: no contador que aparece pra mim aqui tá marcando 749, com esse meu acesso agora.
 
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