quarta-feira, agosto 17, 2005

Pessimismo e otimismo

Ao que parece, serei o chato a escrever textos sérios e estragar o blog. Desculpem, desde já. Tenho uma absurda incompatibilidade com o gracejo e reconheço nas pessoas que fazem piadas sinceras verdadeiros ídolos. Saibam que me esforço e prometo articular algo suave, ou quem sabe engraçado mesmo.

Por enquanto, vou dizendo que, se estivesse no Orkut (esta magnífica ferramenta de relacionamentos modernos que dispensam contato), exibiria, sem pudor, no about me: pessimismo como dever, otimismo é para desinformados. Achei a idéia muito deprê para coloca-la no título. É que trata-se menos de uma filosofia escolhida para regrar a vida e mais uma constatação tida como óbvia. Problemas, alguns com saídas, outros sem nenhuma. Não meus, vejam bem: problemas do mundo. Aos borbotões. E só não vê quem não quer.

Ver, aliás, não é o centro da questão. O dilema mora no fato de se perceber os problemas, interioriza-los, senti-los, e finalmente dizer ou fazer algo a respeito. Ou pelo menos dar a entender que sabes da infeliz existência dos problemas. O verdadeiro mérito, entre aspas, está naqueles que conseguem olhar, dar de ombros, e seguir a vida como se nada tivesse acontecido. Estes são os fortes, parece-me. É necessária muita coragem e sangue-frio. Quanto a mim, sou um fraco. O texto é prova disso.

Certo, prometo que minha participação futura será mais animada.

E a dica de som de hoje é o álbum Face To Face, do Kinks, lançado em 1966. As faixas remetem à mesma época beatlesca, e isso vai obrigar um certo balançar ritmado de cabeça. Por ser um álbum contemporâneo de Revolver, dos rapazes de Liverpool, vale uma audição comparativa e atenta. Este comentarista optou pelo empate técnico.

Comments:
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
 
Pois é, mas acho que a gente tem que, apesar de tudo, construir uma "força vital" que nos leve à frente.

Esse é o grande mérito, talvez.

Abraços.
 
temos mais alguém que fala de coisa séria nesse blog!!!

eu não sei bem o que falar.. esse texto me remeteu ao do Daniel há um tempo atrás sobre política e alienação.. pelo menos assim lembro dele. Isso! Era "quer ser feliz? aliene-se!"

bem...

Sei lá..

Juliano, acho que tu não percebe.. mas teu "gracejo" existe!! hihihih... nem que venha pela ironia... que é melhor ainda às vezes... Dá uma lida:
orkut - "esta magnífica ferramenta de relacionamentos modernos que dispensam contato"..

Beijos!

Carol
(ainda sem boas idéias para escrever... Sim! Eu levo isso a sério!)
 
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